quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Quando temos tudo que queremos



Sabe aquela sensação de plenitude, de sentir-se completo? De repente acordar e perceber que não precisamos de nada nem ninguém para ser felizes? Experimentar aquele sentimento interno de que o universo basta. O pôr do sol, o céu, as nuvens, estrelas, a terra, a lua, o calor, a natureza, o respirar e inspirar... Suspirar! Isso tudo somos NÓS?

Sim! Especialmente quando nos permitimos viver com esse propósito parte de um algo muito maior. Maior do que qualquer relação que possamos sequer sonhar... Deixamos de ser parte para nos tornar um TODO. Passamos a viver como se ESTAR fosse igual a SER... Bem, é possível! Saiba que sim.

Há vida, sim, dentro de qualquer relacionamento e antes ou depois de qualquer relação. De qualquer rompimento. Somos verdadeiramente mais quando nos permitimos simplesmente existir. E, nesses momentos, SER será sempre mais que TER.

Quando pensamos que TEMOS o outro enlouquecemos por um amor não sadio. Escravizamo-nos e passamos a não querer incomodar. Não poder aparecer. Não poder existir... Tornamo-nos quase invisíveis e até porque não insensíveis... Deixamos de apreciar a vida para apreciar a outro. Incrível e triste.

Quantos de nós não agimos assim o foco no outro. O amor desbalanceado e pronto! Estamos lá sem nada. Famintos, desesperados, esperando por um tipo de alimentação que, infelizmente, não tem como vir de fora. Não tem como vir da fonte que escolhemos e (imaginamos) sem a qual não existiremos...


Anulação

Então, quando assim, nessa situação de quase total anulação, não há céu, não há sol, não há nuvens, não há nada no entorno que nos toque... Nada ao redor que possa nos inspirar e tirar do "marasmo"...

Fica, então, a pergunta: o que é melhor? Morrer de amor? Ver-se em uma situação limite de não existir para encontrar uma história ou abster-se desse mundo complexo das relações e contemplar o mar, a areia, o azul, a imensidão que está a nossa volta?

Quero crer que nem tanto céu, nem tanta terra... O caminho é sempre mesmo: o caminho do meio, o equilíbrio. Aquele que nos permite viver e amar. Viver toda a plenitude e, mesmo sabendo-se completos,encontrar espaço e tempo para também incluir o outro.


Acordado(a)

Para fazer isso, é preciso permanecer acordados, presentes, donos dos nossos sonhos, desejos e objetivos. Estar com outro sem perder o sentido do SER. Ser melhor a cada dia que passa. Ser único porque assim viemos. Estar no relacionamento e viver a vida. Aproveitar com ou sem o outro cada novo amanhecer. Manter-nos, afinal, abertos ao milagre da vida. Às possibilidades, às oportunidades, permanecer com a auto-estima elevada. O espírito leve. A alma quieta... Relacionamentos fazem parte não são em si TUDO.

Nenhum comentário:

Postar um comentário