quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Reflexão: Acostumando-se a Migalhas

Cristiano, ontem a noite ao chegar em casa, logo após a ligação onde ouvi você afirmar que desejo que você não obtenha sucesso, que fracasse e algo ainda pior que tu pensas de mi para contigo, o sono foi embora...infelizmente você tem um dom...o dom de mi machucar intencionalmente, e isto ao meu ver não é saudável a minha vida.

Daria tudo pra viver outra vida.Faria tudo se eu pudesse pra voltar atrás, e sarar as suas feridas.

Porém, "INDEPENDE" de mim tais mudanças em ti. Vai além de minhas forças,aprendi com Jesus que há problemas que não nos pertence (lá vem ela espiritualizando!), pois é, fazer o quer, sou pentecostal. E que para tais problemas só há uma solução: Orar e aguardar em Deus.

Em {Romanos 5:5-1} está escrito assim: " Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; 2 pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. 3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; 4 e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. 5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Cristiano, mais a reflexão que te trago hoje é:

Acostumando-se a Migalhas:

Percebi que mi acostumei com o pouco ou quase nada e que isto acaba com a minha autoestima. Tem destruído toda e qualquer possibilidade de mi relacionar contigo. Primeiro porque a relação entre nós está doente, mais ou menos assim, não mi leve a mal. Um que não pode ou não quer dar quase nada e, outro – carente – que aceita o pouco, ou melhor, as migalhas.

Parece normal? Sabe aquele ditado “ruim com ele pior sem ele”? Pois é, estou vivendo assim. Com essa dinâmica, essa tônica. Imaginando que se eu perder essa sua única fonte de “restos” vou ficar à deriva. Faminta, impotente, sem…

Receber suas migalhas tem afetado a minha autoestima e temo que com o tempo eu venha acreditar que é isso o que mereço. Que não nasci para ser totalmente feliz. Que ok, posso viver dessa maneira – mendiga ambulante – à espreita de você.De uma distração sua, ou ainda quem sabe de um “raio” de consideração que esse apresenta vez ou outra. É triste admitir mais cai nesta armadilha.

Por mais dificil que pra você pareça estava tudo bem pra mim – se você não estivesse totalmente inteiro, eu te tocaria, deixaria o tempo passar e, mas quando acordei, vi que foram-se meses, anos, da minha vida – num relacionamento infundado que nunca, nunca vai sair desse marasmo...

Fico a mi perguntar, então, qual o meu papel nessa relação? Encolher? Não cobrar, não atormentar o outro com meus desejos, minhas inquietações, meus sonhos (que ainda não os perdi)? Deixar a vida passar? Não sorrir? Não incomodar?

Enfim, numa situação que beira o masoquismo – meu papel se limita a acabar com minha felicidade e, o pior, vivo esfomeada com base na sua benevolência – que pode ou não acontecer…

E assim vou mi Arrastando...
Qual o seu papel nessa história além de complementar à minha neurose? Continuar exatamente como sempre foi – ou seja, mesquinho, inseguro, indefinido, inconstante. Aquele que dá pouco, muito pouco, tão pouco que a relação pode se arrastar indefinidamente…

Preste atenção nisso. Ouvi esse comentário de um mestre esta semana: aquele que se preserva para viver relações paralelas ou que não tem condições de se abrir e viver uma história por inteiro não vive e não deixa viver.

Pode viver assim distribuindo afagos poucos indefinidamente – afinal, nada muda em suas vidas… Aquele que não está presente, não pode atender ao telefone, não pode mi ver não está nem aí para as minhas necessidades. Não comparece e – perdoe-me – não são forças ocultas que o impedem. Não são problemas ligados ao trabalho, à família, à vida, à frustração etc, etc…

Apenas entendi que você não pode – NÃO QUER, NÃO ME ESCOLHEU, NÃO VAI ESCOLHER, NÃO VAI MUDAR… Vai manter tudo como uma história mais ou menos de amor… Você pode mudar? Talvez. Quem sabe se um raio cair na sua cabeça e então – BINGO – la estará você, pelo menos por um período, cheio de amor para mi dar…

O que pode ser esse raio? Um enfarto fulminante, um acidente, uma perda, um acordo daqueles do tipo – a companheira ou companheiro entram com o pé e ele… Bem, você sabe…

Compreendi que preciso de Ação...
Parece duro, mas não! Não acontece. E então, o que fazer? Nesses casos podemos deixar tudo como está e parar de reclamar ou pensar em algumas alternativas para fazer o você acordar e entrar de vez ou sair da relação. A questão é: estamos prontos para sair fora? Estamos prontos para começar de novo?

Se sim, podemos agir de diferentes formas para ver qual a reação do outro – o que acontece com a relação se mudarmos… Primeiro, podemos escolher esfriar para ver se o outro se liga que existimos de fato. E, então, quem sabe, possamos investir em resgatar sonhos, desejos, ou seja, mudar o foco… A vida agradece.

Segundo, podemos pressionar o outro de vez e dar um prazo, algo do tipo “basta”… E, por último, podemos ainda ROMPER. Por um ponto. Acabar. Terminar. Escolher viver outra historia. Outra vida, outra relação…

Fácil? Não.

Não e nada fácil. De todo modo, todo passo demanda uma decisão, uma escolha. Depois, no nosso tempo, e só caminhar… Escolhas, sempre escolhas.

E volto a pensar...repensar...refletir... e refletir.

Já não sei que escolha fazer? Conto com a E - S - P - E - R - A - N - Ç - A !!!

Ahilsa Marques.

Esse texto faz parte de uma página da vida real. Se você se identificar, ou conhecer alguém que viveu ou vive parecido, não é mera coincidência. Mudei o nome do rapaz para preserva-lo.

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