quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Reflexão: Vamos construir ponte

De volta aos meus pensamentos... durante minha caminhada vi o quanto ainda estou em construção, em processo, conforme relatado em quero ser mais humana, agora volto a pensar em o que me faz ser mais humana?

É esvaziando de mim mesma? Revendo meus conceitos e preconceitos, os dogmas? Minha fé? Meu Deus? Onde e como posso começar para enfim, tornar-me mais humana?

Confesso que abandonei o espelho mágico, aquele que só nos mostra o que queremos ver! Hoje vou além da magia ilusionista do espelho mágico, tão profundo é o despertar de uma alma.Reconheço que sou uma sobrevivente. Sim, sobrevivente, desta sociedade que de justa, só falta ser humana! Ontem em conversa com um irmão, desses que somente nos julga, seu problema estar entre sua cabeça e o umbigo, a ele desabafei... se algum dia, Deus descesse do trono e me desse a oportunidade de sentar ao seu lado, para ajuda-lo no dia do julgamento final, tendo eu a oportunidade de ser um promotor, podendo aceitar ser acusador ou defesa, sinceramente, diria a Deus: Senhor, sinto-me honrada, pois entre bilhões de servos, o Senhor me escolheu, sinto-me lisonjeada pois encontrei graças diante os teus olhos, mais Paizinho, meu Pai, a posição que desejo alcançar é a de intercessor, permita-me ó Deus, sentar-me no ultimo banco, ali te adorarei, louvarei e orarei, para que o Senhor seja complacente com os teus servos, justo e amoroso para com todos. Abro mão de fazer parte do clã dos julgadores, apenas quero continuar a ser servo, quero ser ponte, embora que esta posição me cause tantas cicatrizes.

Aprendi com minhas cicatrizes que no mundo atual estar faltando construtores de pontes, olho e percebo que dia após dia cresce o numero de cavadores de abismos. Nos levando a esquecer que somos ministros da reconciliação, não promotores de contendas. Que somos pacificadores, não geradores de intrigas. O ministério da igreja é de aproximação das pessoas e não de afastamento delas. Somos um só corpo e membros uns dos outros. Quando um membro do corpo sofre, todos sofrem com ele; quando um membro é promovido, todos se regozijam com ele. Para isso, precisamos tomar algumas medidas.

Não me permiti engessar na busca de acompanhar as mudanças e penso que precisamos em primeiro lugar, reconhecer que somos falhos e erramos uns com os outros. Não somos donos da verdade, e não estamos livres de cometer deslizes, precisamos parar de olhar apenas para o nosso umbigo. Fico intrigada quando identifico em nosso meio a filosofia do: faça o que digo;mais não faça o que faço!

Precisamos entender que não somos uma comunidade de pessoas perfeitas, estamos em construção, somos um projeto inacabável, ainda em processo. Entendamos que ainda estamos sujeitos a falhas e tropeçamos em muitas coisas. Quando aceitarmos esta realidade entenderemos o valor salvifico da Cruz. Isso obviamente não nos dá o direito de errarmos intencionalmente. A vida cristã não nos dá uma imunidade para pecar. Precisamos ser vigilantes para não sermos pedra de tropeço para os nossos irmãos. Porém, o fato de errarmos uns com os outros não anula o fato de que somos uma só família e um só rebanho. O apóstolo Paulo admite que na igreja há momentos em que temos queixa uns dos outros.

Devemos entender e a reconhecer que o caminho do arrependimento e do perdão é o único caminho que nos levará a construir pontes em vez de cavar abismos. A forma de um cristão demonstrar sua maturidade espiritual é reconhecer seu erro e pedir perdão. Não há comunidade saudável sem o exercício do perdão. Somos a comunidade dos perdoados e dos perdoadores. Quem não perdoa não pode orar, não pode ofertar, não pode ser perdoado. Quem não perdoa adoece emocional e fisicamente. A Bíblia diz que precisamos perdoar uns aos outros como Deus em Cristo nos perdoou. Esse perdão deve ser imediato, pleno e definitivo. O perdão sara as feridas, restaura os relacionamentos, produz comunhão e glorifica a relacionamentos, produz comunhão e glorifica a Deus. Ferir uns aos outros ou guardar mágoas produz doença emocional e desavença relacional. É tempo de construirmos pontes em vez de cavarmos abismos em nossos relacionamentos dentro da nossa família, entre nossos amigos e da igreja.


Compreender que Deus nos chamou para sermos ministros da reconciliação. A Bíblia nos ensina que fomos chamados para pregarmos a reconciliação do homem com Deus e do homem com o próximo. Nós fomos vocacionados para construirmos pontes em vez de cavarmos abismos. Os filhos do Reino são pacificadores e os pacificadores são chamados filhos de Deus. A Bíblia diz que o amor cobre multidão de pecados. Quem ama busca a reconciliação.



Por fim, reconhecer que nenhuma vitória tem gosto de vitória se a comunhão fraternal é quebrada. A única vitória que glorifica o nome de Cristo é a decisão de restaurar o que foi quebrado, de aproximar o que foi afastado. Paulo diz: “no que depender de vós, tende paz com todos os homens”. Ainda diz que se preciso for, devemos sofrer o dano para construir as pontes da reconciliação. A Palavra de Deus diz que devemos ter o mesmo sentimento que houve também em Cristo. Ele não revidou ultraje com ultraje. Ele rogou ao Pai que perdoasse seus algozes e até mesmo atenuou-lhes a culpa, dizendo que eles não sabiam o que estavam fazendo. A Bíblia inteira é um apelo à reconciliação com Deus e a reconciliação fraternal. O apóstolo Paulo chega a afirmar que se não houver perdão dentro da igreja, Satanás leva vantagem sobre nós. Que Deus nos ajude a amar uns aos outros, a dar a nossa vida uns pelos outros, a perdoar uns aos outros como Deus em Cristo nos perdoou e a construirmos pontes em vez de cavarmos abismos.

Soli Deo Gloria.

Ahilsa Marques

19/10/2009

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